Tá, acho que comecei a casa pelo telhado, então é melhor eu me apresentar.
Sou Marina, tenho 22 anos, e há dois meses consegui vencer uma imensa barreira interna e externei o meu transgenerismo. (Essa palavra existe? Se não, vou usá-la mesmo assim para definir o meu atual estado de espírito)
Durante anos nutria sentimentos que não eram masculinos. Eram coisas que apenas uma mulher poderia entender. Não poder entender esses sentimentos em sua plenitude mutilava a minha alma, pois coisas que almejava desde a tenra infância não podia externar, por medo de represálias, de chacotas.
Antes de ser Marina, fiz muita coisa. Estudei para ter um pouco de senso crítico na minha mente, iniciei administração (mas larguei por falta de aptidão), passei num concurso do governo, que hoje é minha fonte de renda.
Recentes acontecimentos na minha vida fizeram eu criar a coragem de vencer obstáculos que me oprimiam desde sempre e assumir a mulher que sempre existiu em mim, delicada porém obstinada.
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