Marina deixa um pouco a abstração dos pseudônimos e encara de frente a realidade. Deixar de ser artista de um mundo paralelo e ser a artista do mundo real que se precisa ser é uma imposição. Num momento em que a individualidade é posta em xeque pela insensibilidade, mostrar-se é melhor que esconder-se. Nos vemos por aí.
Vídeo da noite: Laura Pausini - La prospettiva di me
Olha a Laura de novo aí. Essa música ela fez numa época bem colérica, depois de um relacionamento de anos que lhe teve um custo emocional muito grande. Mas me identifico um pouco com ela, é uma das minhas preferidas do repertório da Laura.
Mesmo se isso não trata mais de nós
Você já não é mais que um detalhe
Porque me fascina a autonomia
A minha perspectiva.
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
sábado, 21 de setembro de 2013
Seja feliz mesmo que te esmaguem!
O que se passou comigo esta semana me lembrou bastante uma sequência de um filme que estou em dúvida sobre qual é, se alguém lembrar, me diga. Nessa sequência, a agente secreta falava que tinha passado junto com alguns colegas por um treinamento árduo sobre até que ponto eles conseguiam esconder informações. Cada um foi colocado dentro de sacos e passou a levar socos e pontapés até que revelassem algo. A agente não revelou nada e aguentou toda aquela pancadaria. Em suas palavras, era incorruptível.
Acontece com pessoas que não são agentes secret@s também. Por vezes, os nossos princípios e nossas necessidades nos fazem ter de aguentar "socos e pontapés" para não desistirmos, às vezes esporadicamente, às vezes diariamente, ou até mesmo a cada vez que se respira. Pode ser uma resposta atravessada, uma negativa dolosa, ou até a violência física.
Vou finalizar meio panfletária, mas o caminho é abstrair, enfrentar as adversidades e as privações, e considerar que toda essa situação é prenúncio de um tempo bom que vem depois.
Acontece com pessoas que não são agentes secret@s também. Por vezes, os nossos princípios e nossas necessidades nos fazem ter de aguentar "socos e pontapés" para não desistirmos, às vezes esporadicamente, às vezes diariamente, ou até mesmo a cada vez que se respira. Pode ser uma resposta atravessada, uma negativa dolosa, ou até a violência física.
Vou finalizar meio panfletária, mas o caminho é abstrair, enfrentar as adversidades e as privações, e considerar que toda essa situação é prenúncio de um tempo bom que vem depois.
Foto: Sabrina Garcia
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Por um atendimento de saúde digno
Íntegra da ficha de reclamação que entreguei na ouvidoria da Santa Casa ontem (os trechos cobertos contêm dados pessoais).
Relato as frequentes situações de constrangimento pelas quais passo em meus atendimentos na Santa Casa de São Paulo, e que creio, devem ser objeto de providência.
Desde junho de 2012, passo por atendimento no Centro de Atenção Integral à Saúde Mental (CAISM) e desde dezembro do mesmo ano, solicitei, com anuência da médica assistente, a inclusão do nome social MARINA...
Nos atendimentos posteriores, a referida médica assistente, os que se seguiram e os funcionários do CAISM sempre me tratavam por Marina, porém as fichas de atendimento indicavam no campo "nome social" apenas MARINA, sem os sobrenomes como pedido. Não sei se isso foi falha no sistema ou má-fé.
Situação pior é a que passo quando necessito de atendimento nas unidades centrais da Santa Casa, como o Conde de Lara, o Pronto-Socorro Central ou o laboratório. Nunca algum médico prestou atenção no campo "nome social" ali preenchido e mesmo informando aos atendentes da triagem no laboratório sobre o nome social, tal informação é sempre ignorada e meu nome civil é gritado em alto e bom som, causando desconforto desnecessário.
Recomendo que seja conscientizado aos médicos e funcionários que prestam serviço a essa importante instituição de saúde da cidade de São Paulo acerca do respeito aos (ainda poucos, mas existentes) direitos básicos das pessoas transgêneras às saúde integral, como parte das políticas públicas a respeito, independentemente de quaisquer influências religiosas, uma vez que o recurso público deve ser usufruído por toda a sociedade.
Qualquer um que tenha sofrido ataques à sua individualidade, tratamento desrespeitoso, ou que queira sugerir um atendimento mais humano nas instituições públicas de saúde deve usar a melhor arma existente: a nossa voz. Procure a ouvidoria de saúde do posto, ou da secretaria de saúde do município ou do Estado. No caso da Santa Casa, a ouvidoria fica no Ambulatório Conde de Lara, no subsolo, no balcão do SAC.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Eu não sou eu
Parece que nunca serei eu.
À minha sombra sombra estará sempre o que fui.
Por mais que eu diga "ele não existe mais", me tratarão por ele.
Pior, me chamarão com o nome dele.
Mesmo sabendo de sua partida.
Para alguns, eu sou ele.
Para mim, eu sou eu.
Contento-me por isso não ter sido raptado de mim.
À minha sombra sombra estará sempre o que fui.
Por mais que eu diga "ele não existe mais", me tratarão por ele.
Pior, me chamarão com o nome dele.
Mesmo sabendo de sua partida.
Para alguns, eu sou ele.
Para mim, eu sou eu.
Contento-me por isso não ter sido raptado de mim.
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
A síndrome de coitadinha
Algo que me irrita bastante no meio trans é essa predisposição a ficar se lamuriando de sua condição para deixar estampados seu sofrimento, sua invisibilidade e seu estatuto de pária na sociedade preconceituosa que temos. É o que convencionei chamar de "síndrome de coitadinha". Geralmente não vem acompanhada de uma atitude para reverter essa situação de pretenso abandono ou demérito. As razões para a perpetuação desse comportamento as desconheço. Talvez possa ser realmente efeito de uma impotência tão grande que as mazelas impostas pela estigmatização causaram na pessoa, mas em certos casos, noto um certo exagero, um "sou o que sou porque sofri, chorei, apanhei em casa, na escola, na rua", numa ladainha que fica extremamente chata. O texto a seguir exemplifica bem o que estou tentando dizer.
O melancólico masoquismo das narrativas trans*
por Letícia Lanz
O melancólico masoquismo das narrativas trans*
por Letícia Lanz
Se tem uma coisa que me incomoda muito, tanto na condição de pessoa trans* como na profissão de psicanalista, é ver a quantidade de masoquismo, dramaticidade, morbidez e auto-piedade neurótica embutida em inúmeras narrativas trans* que circulam pela internet. Narrativas que eu convencionei chamar de “coitadismo de mim”.
A intenção parece ser boa, ou seja, angariar a atenção e o carinho do maior número possível de pessoas pelo resgate dos direitos civis que estão sendo amplamente ofuscados, invisibilizados ou simplesmente negados às pessoas transgêneras neste país. Mas é preciso dizer, sim, que a forma adotada – a narrativa mórbida-masoquista – é grotescamente neurótica, baseada numa redução drástica da riquíssima vida transgênera a um balde de muitas merdas: merda familiar, merda escolar, merda profissional, merda de grana, merda existencial… Merda pura.
Mas o que acontece quando um texto desses cai nas mãos de uma pessoa transgênera, começando agora o seu processo de transição, ainda muito insegura de tudo? Será que ela desiste de seguir adiante em função da previsão de tantas infelicidades e desconfortos no seu caminho?
Eu sinceramente não acredito que uma pessoa transgênera desistisse da sua jornada em função desses vaticínios. A liberdade e o direito de ser a pessoa que a gente é fala mais alto do que qualquer limitação ou dificuldade existente no mundo à nossa volta.
Assim, eu não vejo outro motivo nesses lamuriosos textos de padecimentos e dores ilimitadas, senão reforçar a visão de culpa, de menos valia, de 5ª-pessoa-depois-de-ninguém que vigora no meio transgênero.
Submeter-se ao sofrimento e reforça-lo em toda oportunidade possível e imaginável é uma forma hábil de lidar com a culpa, com a vergonha de estar praticando um ato socialmente reprovável. É assim que o inconsciente funciona, para tristeza de todas nós, que nos acreditamos tão conscientes do nosso ativismo trans.
A única forma de lidar produtivamente com o sofrimento é transformá-lo em pauta de reivindicações e lista de providências. Manter o sofrimento eternamente refém de sofridas narrativas de vida é uma forma cruel de reforçar a punição que já nos foi largamente imposta pela sociedade. Ainda que tenha um inegável valor catártico para quem a escreve ou fala sobre ela, narrativas de cunho altamente doído e sofredor não acrescentam nada em termos práticos para os fins da criação de estratégias que conduzam a resultados efetivos.
Vivi muitos conflitos e tensões ao longo da vida em virtude da minha condição transgênera. Tenho irmão que não fala comigo, mãe que faz de conta que eu nem existo, clientes que sumiram do mapa por medo ou “desconforto” de conviverem com uma consultora trans*. Saí de uma condição de fartura para uma falta total e absoluta de grana. Por muito tempo fiquei sem nenhuma fonte de renda, além de uma aposentadoria de um salário mínimo. Com mais de 50 anos nas costas, tive que recomeçar tudo de novo, do zero. Sem falar que estive à beira de perder minha família – mulher, filhos, netos – que são o patrimônio mais precioso que reuní neste mundo. Fiquei pra baixo do fundo do poço: sem grana, sem emprego, sem perspectiva profissional, pessoal, familiar. Minha história não é segredo pra ninguém.
Mas nem por isso eu me deixei levar pelo sofrimento. Odeio sofrimento, odeio sofrer! Odeio dor, odeio papo masoquista do tipo “o mundo está contra mim”, “o mundo quer me destruir” e outras bobagens semelhantes. Eu escolhi assumir a minha condição de pessoa trans*. Ninguém me forçou a isso. Nenhum destino cruel me empurrou para as masmorras do inferno. Repito: eu escolhi dar cada passo que dei em minha vida, plenamente consciente do passo que eu estava dando.
Sabia perfeitamente que, ao me assumir trans*, perderia meus clientes empresariais. Convivi a vida inteira no ambiental empresarial brasileiro e sei como ele é conservador, como tem uma dificuldade crônica de lidar com a diferença, qualquer diferença.
Enfim, eu não dei um pulo no escuro, apenas imaginando o que eu poderia encontrar pela frente: – eu tinha certeza antecipada de tudo que ia passar. Em nenhum momento eu fui tola de pensar que, ao assumir-me trans* eu seria condecorada pelo prefeito da cidade, em sessão solene, pelo meu ato de bravura, com direito a banda de música e fogos de artifício. Muito pelo contrário, sabia dos dias e noites dificílimos que teria pela frente. Dias de sangue e suor e noites de muitas, muitas lágrimas.
Mas em momento nenhum eu permiti que o meu sofrimento se transformasse em bandeira, em motivo de piedade dos outros. Porque, em momento nenhum, o sofrimento que eu senti foi maior do que a imensa sensação de liberdade, de prazer em me conhecer, em me reconhecer, em me legitimar como pessoa nesse mundo.
Nenhum sofrimento, por mais agudo que fosse – e posso assegurar que alguns, de tão dolorosos, deixaram marcas profundas no meu próprio coração – foi maior do que a minha alegria de conseguir, finalmente, ser “eu mesma”, depois de décadas tentando fazer me passar por alguma outra coisa… E falo isso sem romantismo nenhum, porque as marcas foram profundas mesmo, no meu coração: uma arritmia crônica e alguns “stents”.
Em síntese: jamais permiti que as dificuldades de ser uma pessoa diferente, num mundo tão monotonamente igual, se transformassem em fonte de amargura e morbidez. Como reafirmo a todo momento em que me vejo no espelho, tudo valeu a pena. Não troco a minha liberdade e o tamanho do meu ser atual por nenhuma conta bancária, por nenhum sucesso profissional, por nenhum reconhecimento público, enfim, por nada deste mundo ou de qualquer outro.
Por isso, recuso terminantemente o “coitadismo de mim” que tem caracterizado a maioria das narrativas trans* que ouço e leio por aí. Eu digo a maioria porque, felizmente, há muitas, belas e magnifícas exceções. Para nosso orgulho, há pessoas transgêneras que teriam tudo pra chorar noite e dia, em razão de todas as provações e humilhações que já passaram neste mundo e que, no entanto, estão aí, distribuindo sorrisos de simpatia e apostando na vida como grandes vitoriosas que são.
Pessoas que se recusam posar de vítimas, mesmo tendo passado poucas e boas (ou seja, muitas e ruins…) nas mãos dessa sociedade. Pessoas que não se entregam a uma autopiedade neurótica, resultante de um masoquismo crônico em que o sofrimento, em todas as suas formas mais cruéis e virulentas, vem adiante da conquista da própria individualidade, no ato de se assumir como pessoa trans*.
Eu sou uma pessoa trans* e não abro mão disso, já disse, por nada deste mundo. Tenho um orgulho pra lá de grande em ser e não tenho a menor inveja de quem não é. Sou uma pessoa incrível, uma profissional dificílima de se encontrar. De modo que, se algum dia, resolverem lançar mão da competência, em vez dos apadrinhamentos e conchavos políticos, talvez até se lembrem de mim. Se se lembrarem, ficarei imensamente feliz por conquistar novas oportunidades de trabalho. Se não se lembrarem, fiquei igualmente feliz por não ter que lidar com gente que tem dificuldade de lidar comigo.
E quanto às desesperadas narrativas masoquistas, infelizmente tão comuns no mundo trans, recomendo que as pessoas tentem pensar e sentir efetivamente o que estão dizendo. E, se chegarem à conclusão de que, ser trans, é efetivamente esse tenebroso “mar de lágrimas”, talvez seja mais recomendável tentarem ser pessoas cisgêneras. Comuns, normais e totalmente livres de sofrimento… afff!
Vídeo da noite
Laura Pausini e Kylie Minogue - Limpido
Estou com um post no prelo, mas preciso de uma autorização antes, então pra não deixar o blog vazio, vou postar essa música, aliás, saída do forno, de minha musa Laura Pausini, em dueto com a Kylie Minogue. Analisando por um lado bem filosófico, podemos pensar nas personas que deixamos para trás, mas cujos traços estarão sempre dentro de nós.
Deixando estar, sem mais brigas, o tempo vai lhe mostrar o que você significa para mim
Deixando estar, meus instintos livres, da escuridão eu vou ressurgir límpida
Deixarei que seja o tempo que decida o que você é para mim
Deixarei ao instinto e aquele céu depois vai retornar límpido
Talvez não fomos feitos para mudar, talvez não mudaremos nunca
Estou com um post no prelo, mas preciso de uma autorização antes, então pra não deixar o blog vazio, vou postar essa música, aliás, saída do forno, de minha musa Laura Pausini, em dueto com a Kylie Minogue. Analisando por um lado bem filosófico, podemos pensar nas personas que deixamos para trás, mas cujos traços estarão sempre dentro de nós.
Deixando estar, sem mais brigas, o tempo vai lhe mostrar o que você significa para mim
Deixando estar, meus instintos livres, da escuridão eu vou ressurgir límpida
Deixarei que seja o tempo que decida o que você é para mim
Deixarei ao instinto e aquele céu depois vai retornar límpido
Talvez não fomos feitos para mudar, talvez não mudaremos nunca
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Nota de repúdio
Antes de terminar de me arrumar, só queria deixar registrada a minha ojeriza à sigla HSH, sigla para a expressão "homens que fazem sexo com homens", para identificar, prestem atenção, homens que têm relações sexuais com outros homens e não se consideram gays! Seriam heterossexuais por acaso? Desde lá na quinta série, na gramática, a gente aprende que "hetero" vem do grego e quer dizer "diferente". Fazendo analogia com a historinha que eu publiquei outro dia (lembrem-se dela, acho que passarei a usá-la bastante), é como um melão fazer suco de melão e ainda assim dizer que é uma laranja. Tipo, o cara dá a bunda e não é gay? Pode ser um preconceito meu, mas é no mínimo bizarra essa diferenciação. Será que a expressão "bi" é tão humilhante assim?
Para constar: já é bem conhecida essa expressão nos meios gênero-sexo-diversos, mas eu a li num documento governamental que tratava de políticas públicas para combater o preconceito contra as populações não-heterossexuais. Só uma prova de que ainda precisamos avançar bastante em questões culturais (até porque nem é tanto culpa desses caras, mas sim dessa criação machista-homofóbica-heteronormativa-retrógrada-puritana que nos enfiam goela abaixo desde a infância) para pensarmos em formas de termos nossas individualidades efetivamente respeitadas.
Para constar: já é bem conhecida essa expressão nos meios gênero-sexo-diversos, mas eu a li num documento governamental que tratava de políticas públicas para combater o preconceito contra as populações não-heterossexuais. Só uma prova de que ainda precisamos avançar bastante em questões culturais (até porque nem é tanto culpa desses caras, mas sim dessa criação machista-homofóbica-heteronormativa-retrógrada-puritana que nos enfiam goela abaixo desde a infância) para pensarmos em formas de termos nossas individualidades efetivamente respeitadas.
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Tudo bem comigo
Acabo de voltar de mais uma consulta com a endocrinologista. Fui pegar os resultados dos exames que fiz no mês passado para saber se precisaria passar por algum tratamento. Citei há vários meses atrás que os meus níveis hormonais estavam desregulados, provavelmente por efeito das medicações que tomo.
Qual não foi minha alegria quando a médica simplesmente me disse "Sua tireoide está ótima, não precisa tomar nada". Algo a menos para me preocupar.
Apenas estou um tanto inconformada com a burocracia do sistema público de saúde, já que minha próxima consulta será só no começo do ano que vem, mas pra quem já esperou tanto, dá pra esperar um pouco mais. Um alento foi saber que a chamada para avaliações psicológicas, obrigatórias nesse sistema de tratamento aqui no Brasil, passou por uma reforma e agora está mais ágil. Espero ser chamada antes da próxima consulta.
Como não estou tomando nada (já falei e repito, não vou cair na besteira de me automedicar), os resultados dos hormônios não são nada surpreendentes. Segue.
TSH: 4,71 (baixa drástica em relação ao teste anterior e dentro do valor de referência)
T4 Livre: 0,84 (normal)
Prolactina: 19,44 (ligeiramente acima do valor de referência para o sexo masculino e dentro do valor para o feminino, mas muito mais baixa que a do teste anterior, efeito do corte da risperidona na minha medicação diária)
Estradiol: 40,30 (pouco mais baixo que o teste anterior e dentro dos valores de referência para ambos os sexos)
Testosterona: 517 (alta em relação ao teste anterior e dentro do valor de referência para o sexo masculino)
Demais exames sem alterações.
Vídeo da noite: Adriana Calcanhoto - Esquadros
Para relaxar, uma canção leve com uma letra a se refletir.
Eu ando pelo mundo, e meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço, meu amor, cadê você?
Eu acordei, não tem ninguém ao lado
Pela janela do quarto, pela janela do carro
Pela tela, pela janela, quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado, remoto controle
Qual não foi minha alegria quando a médica simplesmente me disse "Sua tireoide está ótima, não precisa tomar nada". Algo a menos para me preocupar.
Apenas estou um tanto inconformada com a burocracia do sistema público de saúde, já que minha próxima consulta será só no começo do ano que vem, mas pra quem já esperou tanto, dá pra esperar um pouco mais. Um alento foi saber que a chamada para avaliações psicológicas, obrigatórias nesse sistema de tratamento aqui no Brasil, passou por uma reforma e agora está mais ágil. Espero ser chamada antes da próxima consulta.
Como não estou tomando nada (já falei e repito, não vou cair na besteira de me automedicar), os resultados dos hormônios não são nada surpreendentes. Segue.
TSH: 4,71 (baixa drástica em relação ao teste anterior e dentro do valor de referência)
T4 Livre: 0,84 (normal)
Prolactina: 19,44 (ligeiramente acima do valor de referência para o sexo masculino e dentro do valor para o feminino, mas muito mais baixa que a do teste anterior, efeito do corte da risperidona na minha medicação diária)
Estradiol: 40,30 (pouco mais baixo que o teste anterior e dentro dos valores de referência para ambos os sexos)
Testosterona: 517 (alta em relação ao teste anterior e dentro do valor de referência para o sexo masculino)
Demais exames sem alterações.
Vídeo da noite: Adriana Calcanhoto - Esquadros
Para relaxar, uma canção leve com uma letra a se refletir.
Eu ando pelo mundo, e meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço, meu amor, cadê você?
Eu acordei, não tem ninguém ao lado
Pela janela do quarto, pela janela do carro
Pela tela, pela janela, quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado, remoto controle
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